segunda-feira, 5 de maio de 2014

Work life balance - trecho extraído do Wikipédia

Work life balance
Who ever wants more - on the job, from the partner, from the children, from themselves - will one day be burned out and empty inside. He is then faced with the realization that perfection does not exist.[44] Who is nowadays empty inside and burned out, is in the common language a Burnout. But due to the definitional problems Burnout is till this date not a recognized illness.[37] An attempt to define this concept more closely, can be: a condition that gets only the passionate, that is certainly not a mental illness but only a grave exhaustion (but can lead to numerous sick days).[37] It can benefit the term that it is a disease model which is socially acceptable and also, to some extent, the individual self-esteem stabilizing. This finding in turn facilitates many undetected depressed people, the way to a qualified treatment.[37] According to experts in the field are, in addition to the ultra hard-working and the idealists mainly the perfectionist, the loner, the grim and the thin-skinned, especially endangered of a burnout. All together they usually have a lack of a healthy distance to work.[37]

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Inveja do cigarro



Li em algum lugar que, na guerra, há a inveja dos mortos. Os vivos, ao olharem para um cadáver no campo de batalha, pensam: "acabou o sofrimento deste".

Eu tenho certeza de que é assim.

Eu tenho inveja dos fumantes.

Várias vezes já aconteceu comigo. Parar e observar um fumante - geralmente uma garota, uma mulher jovem - talvez seja mais fácil para eu ficar parada observando sem chamar a atenção. Talvez seja por identificação.

Eu não fumo, nem quero. Mas invejo. Os fumantes tiram dez minutos do seu tempo. Os fumantes vão para um local ao ar livre, sozinhos ou acompanhados, e, naqueles dez minutos, eles são livres para se envenenar.

Os fumantes sozinhos olham para o horizonte com olhar perdido e sorvem profundamente aquela fumaça insuportável. Tragam o intragável. Jogam para dentro as suas amarguras, tragam, guardam muito profundamente dentro deles, e, depois de longos instantes, devolvem ao ar, em cortinas, cachoeiras, anéis cinza que saem pela boca, ou jatos possantes pelo nariz. Em que teriam transformado seus pensamentos e suas dores?

Acompanhados, os fumantes se retorcem entre caretas e sorrisos, se dividem entre tragadas e conversas, apertam as pálpebras e aparentam segurança. Aproximam-se uns dos outros, quase afetivamente, para pedir fogo, acender o cigarro uns dos outros, e aparam com as mãos o vento. É um belo gesto, um ritual. Sobraram tão poucos rituais na nossa sociedade! Fumar acompanhado é socializar à moda antiga, entre corpos, compartilhando o mesmo ar, poluído.

Definitivamente, checar mensagens no smartphone não tem a mesma elegância, não vale como dança, não tem parceiro - fisicamente presente - possível.

Ah, como o cinema já explorou essa imagem sensual e firme de quem sabe onde põe as mãos enquanto fala, de quem fica sozinho em um café parisiense, ou recostado sobre a moto, ou na cama, depois do sexo. Há alguns anos, se fosse pelo cinema, ninguém dormiria depois de fazer amor. Tudo que dá vontade, segundo aqueles roteiristas pré-politicamente corretos, é olhar para o teto, ou pela janela, e fumar.

Ninguém interrompe os fumantes, seus momentos são sagrados. Enquanto o cigarro não acaba, o mundo, a vida, o trabalho, tudo fica suspenso. O cigarro para o tempo. O cigarro, no meu ingênuo olhar não fumante, revoga a culpa.

Se alguém diz: "preciso ir ali fumar um cigarro", isso é tão natural! Se disser, "vou ali respirar um pouco", olhares atravessarão o ar.

Fui várias vezes aos fumódromos sem ser fumante. Precisava ficar ao lado das pessoas que conseguiam transformar os venenos da alma e convertê-los em subprodutos da queima do tabaco. A fumaça deles não me faz nada bem. Meus venenos já circulam sozinhos no meu sangue, autoproduzidos, descarregados em doses inebriantes. Não preciso dos que vêm de fora.

No nosso mundo doente, estar doente é permissão de pausa, então ficamos doentes porque precisamos descansar sem culpa. Fumar é doença, e só assim muitas vezes nos permitimos respirar. Desde que não seja ar. Desde que seja veneno.

Culpa é doença, fumar é doença.

E inveja?









quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pequeno glossário de doenças imaginárias e sentimentos inventados

Pequeno glossário de doenças imaginárias e sentimentos inventados



Entusiasco ,s.m.: sensação quando você se depara com algo que no início é empolgante, mas depois perde a graça e “enjoa”. Variante popular: balde de água fria




Malthusmania ,s.f.: sensação de que o mundo é populoso demais, e de que, se metade dos habitantes do planeta desaparecesse da noite para o dia, sem deixar rastro, não faria a mínima falta. Ver malthusianismo.



Negofobia (pron. Négofobia) ,s.f: (atenção, nada a ver com racismo!) incapacidade de dizer não.



Antesite , s.f: provoca no indíviduo o costume de achar que a vida e o mundo “antes” eram melhores; sentimento aparentado da nostalgia. Variante: antigamentismo.




SIDEVIVO , sigla para Síndrome da Deficiência Visual Voluntária: acomete aquele tipo de pessoa que não que enxergar a realidade; termo politicamente correto para a doença do “pior cego...”



Sefilia –, s.f.: hábito de achar que a vida seria melhor “se” alguma coisa fosse diferente. Conduta típica do sefílico: repetir “E se...?”, ou “Mas e se...?”. Também conhecida como condicioadição. Atenção: é muito grave!



Assassiedade – sentimento de satisfação e saciedade que acomete o homicida após o ato de matar. Ver psicopatia. No sentido figurado, prazer decorrido de excluir/bloquear pessoas do círculo social, seja por meios virtuais ou analógicos.

4 Ss

Saber Sorver Servir Satisfazer

Verbo no infinito

Quando a sucessão cessa

O que sucede?

O sucesso cede?

A sessão susta

Acessa-se o ser

Cessar, ceder

Sentir

Sossegar

Ascender

E aterrissar

terça-feira, 28 de junho de 2011

Risco

Riscar o papel

Correr o risco

A corda bamba

Um traço entre dois riscos

Um risco de não deixar traços



Riscar, rabiscar, rascunhar

Riscar por cima para esconder

Riscar da lista: eliminar



Letra riscada, garranchos

Manuscritos, restos, rastros

Caminho de fogo, pavio, corisco

Serpente, perigo, sigo

Apenas riscos



Fio da navalha

Palavras cortantes

Traçam, dobrando metades

De silhueta de papel jornal



Riscar é marcar

Escolher, destacar

Sublinhar

Sublimar

Fazer surgir, aparecer

O que é subliminar

Perdido entre muitas palavras:

eu.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E olha que ela está se recuperando de uma pneumonia...

Mas isso é assunto para outro post, que aliás, nem estou muito a fim de escrever, que poderia ser intitulado "o primeiro dodói"